Daquilo que se compartilha e do que se vê no horizonte

Daquilo que se compartilha e do que se vê no horizonte

Tenho sonhado com locais iluminados e salas imensas, plenas de conhecimento. E tenho pensado em cada fim do túnel que alcancei durante todos esses anos. Compartilhei não só o meu pouco conhecimento, como meus dias de pouco sol. Contei as histórias que me vieram à cabeça, lembrei locais, escadarias e até os detalhes do horizonte. Tenho fotografias na minha memória e sinto necessidade de compartilhar tudo o que já conheci. Mas eu tenho medo da ventania que faz o tempo passar tão rápido.

Ando encantado com os textos acerca do tema “Educação Empreendedora”. Em nosso encontro virtual da última quinta (31/10), enriqueci imenso com o pensamento dos colegas. Ouvi relatos sobre compartilhamento de conhecimentos e da importância de se criar uma cultura colaborativa. “Estamos redigindo a história do futuro”, disse o professor Jacinto Jardim. E é mesmo por aí! Discutimos a política versus a politicagem, conversamos sobre a importância de colaborar e compartilhar e chegamos ao pensamento de que é preciso construir um forte debate sobre a Ética, para que possamos entender todo um contexto de mundo. 

Mas pra entender um contexto de mundo, desse mundo tão nosso e tão distante de nós, precisamos compreender o que se passa à nossa volta, o que fazemos com os nossos dias e o que construímos que pode ser compartilhado. Então se “está em nossas mãos a produção de ciência” (Jardim, 2024), pergunto: Qual a consciência que temos? Onde nós escondemos o nosso pensar? Opiniões se amontoam nos comentários dos websites, em sua maioria, descartáveis. E o mundo continua a nos esperar…

O que eu vejo no horizonte ainda se encontra turvo, enevoado, distante. O que eu vejo ainda está ao alcance das nossas mãos, mas nós ainda não aprendemos a esticar o braço…