Toda conexão com o mundo nos torna potencialmente uma ilha. Esse mundo globalizado nos isolou atrás das telas e seus incríveis filtros. Bill Gates já antecipava isso quando disse que “a internet está a tornar-se a praça central da aldeia global de amanhã”. Nessa praça, onde todo mundo fala, ao mesmo tempo, escutar o outro pode ter se tornado um dos nossos maiores desafios. Talvez aí esteja uma chave importante para inovar e talvez conhecer mais a si mesmo.
A história, constantemente, nos dá pistas. Os europeus e suas navegações, suas rotas, seus mapas e suas descobertas que moldaram continentes. Foi justamente nesse atrito entre mundos que traços culturais surgiram. O Brasil se fez em uma grande colcha de retalhos, captando e recriando costumes, crenças e valores. Salvador é a prova viva dessa mistura. Da música ao dendê, dos tambores urbanos às missas. Já o Rio de Janeiro, que já foi capital de um Brasil aristocrático, mistura e descobre um mundo próprio com uma pitada de cada canto do planeta.
Diversidade é riqueza estratégica. E daí entendemos que o Outro não é uma ameaça, é oportunidade. Dentro das escolas nascem as oportunidades e se permite construir uma cultura empreendedora que vai despertar nas empresas, na vida das pessoas e em qualquer lugar que possa abraçar a inovação de verdade. Em maior ou menor grau, não precisamos de padrões, mas de resultados. Ao invés de afastar o outro, que tal abrir espaço para que se possa aprender?