Cultura, Civilização e Globalização

Cultura, Civilização e Globalização

Ando a procura de entender os meandros que cercam a construção da cultura de uma sociedade, de um povo, do nosso imenso mundo. Entretanto, mesmo que tivesse séculos de vida, ainda assim não conseguiria essa chave. Essa capacidade criativa e intelectual de um ser, aquele lugar em que se guarda a essência de um povo, suas origens. Essa construção que sempre existiu e foi se moldando com o tempo, completamente atingida por todas as intempéries e todos os fatores modificadores, ainda me intriga. Aonde deixamos a nossa humanidade? Em que lugar esquecemos a essência que nos difere dos animais?

O tempo se encarregou de permitir a fusão das culturas, das descobertas, dos choques culturais. A civilização construiu em volta de si uma verdadeira teia de entrelaçamentos que cresce exponencialmente. Da engenharia egípcia, da política grega, das horas divididas dos mesopotâmicos, das leis romanas, enfim, de cada povo um legado, um aprendizado. E assim o mundo contribuiu para ligar as conexões em torno de uma globalização que atingiria as culturas locais. Cada nova palavra, cada novo costume, aprende-se, copia-se, faz-se o novo do antigo.

E acredito que tudo isso perpassa sim, pela globalização, pela troca, pelos “choques”, mas nomeadamente pela formação e não pela formatação. Andamos hoje muito mais rápido que há 20 anos. Eu mesmo tenho pressa de amanhecer como criança. Rápida, sorridente, desprovida de qualquer ontem. Apressar o passo, sentir o coração bater mais rápido. Acima de tudo, conhecer, aprender, compartilhar.