A Educação Empreendedora, impulsionada por iniciativas importantes, tem se tornado um dos pilares fundamentais na formação de professores e estudantes preparados para um futuro em construção. No Brasil, através da Base Nacional Comum Curricular e a inserção do empreendedorismo nos currículos escolares, ou mesmo, pelos incentivos na educação básica trazidos pelo Referencial de Educação para o Empreendedorismo em Portugal, a educação empreendedora está cada vez mais presente no desenvolvimento das competências essenciais relacionadas ao empreendedorismo.
E é aí que entram as políticas públicas e seu papel crucial nesse processo. Há um ambiente regulatório favorável e já bastante conhecido que pode ajudar a alavancar a educação empreendedora, integrando metodologias inovadoras e, principalmente, proporcionando formação adequada aos professores. Entretanto, desafios estruturais ainda são limitadores dessa expansão. No Brasil, há uma quantidade grande de educadores que não tiveram acesso à capacitação necessária para aplicar esse conteúdo em sala de aula e ainda, a infraestrutura das escola nem sempre está pronta para o desenvolvimento dessas habilidades com os alunos. É preciso um esforço conjunto entre governo e instituições privadas para que se crie um ecossistema favorável e possa abrir caminho para capacitar os docentes.
É desse esforço conjunto que se pode chegar a um resultado de excelência, ou próximo dela. Governo, escolas, universidades e instituições como o Sebrae e o Senac, no Brasil, e o IAPMEI em Portugal. Papel essencial na capacitação profissional, o Senac é pioneiro na formação empreendedora, oferecendo cursos e capacitações durante todo o ano. O Sebrae e seu constante fomento ao empreendedorismo em todos os sentidos, com projetos, cursos e eventos, além de um impressionante alcance dentro dos pequenos negócios e o IAPMEI, Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e a Inovação de Portugal, promovem iniciativas que buscam incentivar a inovação, a competitividade e a sustentabilidade, além de atuar firmemente na capacitação empreendedora através de diversos programas de suporte e capacitação.
É justamente através dessa articulação e da comunicação contínua que podemos garantir que a educação empreendedora não fique restrita a um conceito teórico e passe a ser uma realidade para os estudantes. Mas essa integração não significa apenas preparar os alunos para abrir um negócio, e sim, desenvolver seus projetos de vida, suas mentalidades inovadoras, resilientes e totalmente adaptáveis. É preciso saber identificar as oportunidades, transformar os problemas em soluções e liderar as mudanças. Já não é preciso provar que investir em educação desde cedo ajuda a formar cidadãos proativos e preparados para enfrentar desafios.
A educação empreendedora tem em sua essência, a formação de indivíduos que possam ser capazes de inovar e de colaborar com o ambiente ao seu redor. Promover a cultura empreendedora nas escolas é proporcionar aos jovens as ferramentas necessárias para o desenvolvimento da autonomia, da capacidade de planejar e saber enxergar à frente. É essencial que a educação empreendedora seja vista assim, como um investimento, como se estivéssemos construindo uma estrada. E pra isso funcionar, temos que adotar políticas públicas eficazes, criar movimentos robustos, para que a formação dos alunos e dos professores possa ser realidade. Tudo isso, pode transformar a educação e preparar as próximas gerações para um mundo que jamais irá parar de se modificar.