A Política Nacional de Educação Digital (PNED) do Brasil foi instituída pela Lei nº 14.533, sancionada em 11 de janeiro de 2023 e, dentre tantos temas, trata a Educação Digital Escolar como uma forma de garantir a inserção dessa educação nos ambientes escolares. Além disso, versa sobre a Capacitação e Especialização Digital e propõe oferecer oportunidades para o desenvolvimento de competências digitais para que a inserção no mercado de trabalho seja facilitada. Segundo a Lei, a Educação Digital é dever do Estado que precisa garantir a conectividade de todas as escolas públicas de educação básica, inclusive com internet de alta velocidade. Mas, em que patamar encontra-se o mundo, quando falamos de educação digital? Afinal, o que é educação digital?
Quando nos referimos ao processo de integração de tecnologias digitais no âmbito do ensino-aprendizagem, é fácil compreender que a educação digital visa o aprimoramento do que se pode chamar de experiência educacional em busca do desenvolvimento de competências essenciais para o digital. Dessa forma, podemos beber na fonte da BNCC*, em sua competência nº 5, que fala sobre Cultura Digital. Pois é de suma importância que os alunos compreendam, criem e utilizem as tecnologias de forma crítica, reflexiva e ética.
Durante a aula do último dia 11 de novembro, discutimos Educação OnLine e da Educação OnLife durante mais de 1 hora com o professor António Moreira. Acabei por entender ainda mais o conceito de uma educação que praticamente funde o online com o offline, não para recriar o híbrido, mas para consolidar que essas duas esferas estão continuamente interligadas. Uma aula online não pode ser considerada presencial? Afinal, estamos todos “Presentes” em tempo real, mas cada um em seu território ou mesmo em seu universo particular. Passei a entender que o ZOOM não é necessariamente uma ferramenta, e sim, um ambiente que tem em sua interface, diversas ferramentas ao nosso dispor. Todo se torna palpável mesmo que digital, tudo se torna “digitalizável” mesmo que real.
Afinal, vivemos em um mundo digital que se confunde com o real, ou um real que se confunde com o digital? Papéis que são digitalizados, textos de um editor que são impressos. Voltas e reviravoltas. Aulas síncronas que aproximam e provam que a ausência de um encontro físico entre as pessoas realça o fato de que conexões humanas significativas não precisam sempre se concretizar de maneira tangível. Talvez não exista mais diferença entre o On e o OffLine. Em breve, quem sabe, um dos nossos parceiros seja uma IA qualquer, um GPT que possamos dar um nome, um amigo, mesmo que viva, literalmente, nas nuvens. Mas, segundo o professor Antonio “…A dimensão cognitiva é a da pessoa…”.
Em tempos digitais e tão distantes, fiz em pouco mais de um mês, amigos mais próximos que alguns reais que me rodeiam. Lembrei do filme e da frase “Tivesse eu os céus bordados em tecidos envolvidos por luz dourada e prateada, tecidos claros e escuros representando o dia e a noite, eu os espalharia sob seus pés. Caminhe suavemente: Você pisa em meus sonhos.”― Nunca Te Vi, Sempre Te Amei…A gente nunca se viu, mas se conhece.
*BNCC - Base Nacional Comum Curricular