Precisamos combinar, a sala de aula é um lugar mágico. Naquele espaço tão especial os professores e alunos podem se conectar e permitir que o aprendizado ganhe vida. Mas, já parou para pensar: de onde vem a verdadeira transformação? Sir Ken Robinson um dia disse “A criatividade é tão importante na educação quanto a alfabetização, e devemos tratá-la com o mesmo status”. Inspiradas por essa ideia, comunidades educativas no Brasil e ao redor do mundo estão reinventando o jeito de ensinar e aprender. Tantos caminhos são construídos com essa interação. Ideias, conceitos, novas abordagens. A sala de aula é um ambiente iluminado pela curiosidade e criatividade e a educação vai além das quatro paredes da escola.
Ao longo do tempo, o que mais me fez crescer foi o contato com as pessoas que respiravam aprendizado. E tudo sempre foi mútuo. Compartilhar conhecimento é fonte inspiradora e reconfortante. Acredito que ensinar algo a alguém é bem melhor que 8 horas de sono tranquilo. Afinal é um ato real que se transforma em sonho, o conceito invertido da quimera.
No Brasil, o Sebrae é um dos exemplos que brilha nesse céu de conhecimento. O Centro Sebrae de Referência em Educação Empreendedora (CER) está à frente das iniciativas que buscam colocar os estudantes no centro do aprendizado. O CER atua em mais de 5 mil municípios, apoiado pelo Programa Nacional de Educação Empreendedora, capacitando professores, oferecendo materiais para inspirar os jovens e vendo como os projetos ganham forma.
E o que torna tudo isso tão especial? Se olharmos para a forma como essas iniciativas buscam transformar a educação em uma espécie de processo colaborativo, dinâmico e enriquecedor, rapidamente iremos perceber que tudo caminha lado a lado com a criatividade e com o diálogo. Esses espaços vão muito além de ler livros e ouvir o professor falar todo o tempo. Jogos, simulações, situações reais em discussão são a cola que vai unir a teoria e a prática.
É saber que nesses ambientes, a cultura de inovação que eles criam é o que mais os diferenciam. Toda a gente tem um papel importante. Alunos, professores, famílias e até mesmo as empresas que apoiam o projeto têm uma parcela de colaboração. É nesse momento que podemos ver um ecossistema sendo criado, as ideias florescendo e o aprendizado se transformando. De baixo pra cima, da base para o topo. É a verdadeira preparação para o mundo real.
No final das contas, aprendemos enfim que todo esse impacto vai ressoar muito além do “ensinar a empreender”. A forma de pensar é de aplicar a ideia é o que muda tudo. Talvez seja exatamente isso que as nossas escolas precisam entender: construir uma cultura criativa , empreendedora e inovadora, onde aprender é, ao mesmo tempo, liberdade e transformação, construção e compartilhamento.